Do Vidro à Elegância: A História do Para-brisas Automóvel

Do Vidro à Elegância: A História do Para-brisas Automóvel

O nascimento e a evolução do para-brisas automóvel é uma viagem fascinante, intimamente ligada ao desenvolvimento dos próprios automóveis. Deixe-nos conduzi-lo através de alguns dos marcos, modelos-chave e figuras que marcaram a evolução do para-brisas.

O Início: Expostos aos Elementos

Os primeiros automóveis não tinham para-brisas. Tal como nas carruagens a cavalo, os condutores e passageiros estavam expostos aos elementos, incluindo poeiras, insectos, pequenas pedras e vento. Com o aumento da velocidade, esta situação tornava a condução desconfortável e muitas vezes perigosa.

Os para-brisas foram introduzidos, como equipamento extra, por volta de 1904, à medida que os automóveis se tornavam mais comuns. Inicialmente, estes para-brisas eram simplesmente peças divididas horizontalmente, feitas de vidro comum. Tratava-se de um avanço significativo em termos de proteção dos ocupantes contra o vento, os insectos e os detritos, mas eram propensos a partir-se com o impacto ou pequenas pedras, o que representava um risco significativo para a segurança. Mesmo tendo os limpa para-brisas sido inventados em 1896 por George J. Capewell e patenteados em 1903 por Mary Anderson, não eram comuns, pelo que este design dividido permitia ao condutor dobrar o para-brisas para baixo para continuar a conduzir quando o mesmo se sujava demasiado para se poder ver.

Os Primeiros Avanços: Vidro Laminado e Segurança

Em 1915, a Oldsmobile deu um passo em frente e tornou o para-brisas de série no seu sedan de topo, o Six, e, mais importante, no seu recém-lançado modelo de entrada de gama, o Model 43.

Recuando um pouco no tempo até 1903, o cientista francês Edouard Benedictus apercebeu-se, depois de derrubar acidentalmente um frasco de vidro, que, embora este se tivesse partido, o composto de nitrato de celulose que continha no seu interior impedia-o de se estilhaçar. Após esse "acidente", Benedictus inseriu uma camada de celulose entre dois pedaços de vidro, criando o vidro laminado. Em 1905, em Inglaterra, o inventor John Crewe Wood chegou a conclusões semelhantes utilizando bálsamo do Canadá como camada de ligação. Embora tanto Benedictus como Wood tenham patenteado, na primeira década do século XX, os seus vidros laminados para utilização em para-brisas de automóveis, foi apenas em 1927 que Henry Ford começou a utilizá-los nos modelos da sua empresa, estabelecendo a tendência para o resto da indústria automóvel.

Inovações e Popularização nos Anos 30 e 50

Em 1930, o parlamento britânico obrigou, no Road Traffic Act, os automóveis novos a terem para-brisas de vidro de segurança, sem indicar qualquer tipo específico. Após este avanço, o desenvolvimento do vidro para uso automóvel acelerou. As colas para para-brisas evoluíram a passos largos.

Pouco depois da disseminação do vidro laminado, a Lincoln Motor Company começou a fornecer veículos policiais com vidros à prova de bala. E em 1934, o Chrysler Imperial Series CX Airflow Limousine apresentou ao mundo o primeiro para-brisas curvo. Em 1938, Carleton Ellis criou o polivinil butiral, uma resina artificial com a capacidade de bloquear os raios ultravioleta e evitar a descoloração dos para-brisas.

Por esta altura, os limpa para-brisas eram um equipamento de série comum e tinham evoluído de acionamento manual para acionamento por vácuo, uma tecnologia inventada, em 1919, por William M. Folberth.

Na década de 1950, a qualidade do vidro automóvel aumentou e o seu preço diminuiu. Para mostrar as novas possibilidades, em 1951, a General Motors introduziu um para-brisas panorâmico no seu protótipo Le Sabre. No final da década, os para-brisas panorâmicos eram comuns e até mesmo opções coloridas se tinham tornado populares. Em 1959, a empresa britânica Pilkington inaugurou o método de fabricação de vidro flutuante, resultando em vidros mais baratos, de alta qualidade e extraordinariamente cristalinos.

Os Avanços Tecnológicos dos Limpa Para-brisas

Os limpa para-brisas também continuaram a evoluir. Por exemplo, de 1949 a 1961, o Citroën 2CV tinha os limpa para-brisas ligados e acionados pelo mesmo cabo que ligava a transmissão ao velocímetro. Isto permitia que a velocidade do limpa para-brisas variasse com a velocidade de andamento. Nos anos 60 e 70, alguns automóveis tinham limpa para-brisas com velocidade variável acionados hidraulicamente.

Foi em 1969 que a Ford introduziu, na gama da sua marca Mercury, como opção, os limpa para-brisas intermitentes. Com um design semelhante ao que Robert Kearns tinha patenteado em 1964, este facto deu origem a uma batalha legal de vários anos, mas também estabeleceu o paradigma para o futuro. Em março de 1970, a Citroën lançou, no SM, os primeiros limpa para-brisas intermitentes com sensor de chuva.

O Para-brisas e o Desafio Invisível

Desde o momento em que se instalou um vidro entre os ocupantes e o exterior, a proteção contra os elementos tornou-se uma realidade. No entanto, apesar das enormes evoluções que o para-brisas sofreu ao longo da história, incluindo avanços na resistência, na segurança e até na filtragem de raios UV, essa mesma inovação trouxe consigo um efeito secundário muitas vezes ignorado: a intensificação da exposição solar dentro do habitáculo. A radiação ultravioleta, o calor acumulado e o envelhecimento prematuro dos materiais continuam a afetar qualquer automóvel, comprometendo tanto o conforto dos ocupantes como a durabilidade dos componentes interiores.

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